terça-feira, 12 de junho de 2012

Reflexos da loucura na mente gritante.


Hoje estou seca, áspera. Estou grosseira, querendo mandar todo mundo se foder.

...Silêncio...

- " Cale a porra da tua boca e escute o silêncio."

Pois é...
Não se escuta nem mesmo o que se diz.  Daí os tantos equívocos.

Pareço na grande maioria do tempo uma velha, dessas que reclamam da insônia, mas também reclamam quando dormiram demais. Reclamam de ter que comer comida amanhecida, mas também reclamam de ter que preparar um novo jantar. Se queixam da carência repentina e também deixam-se reclamar das pessoas que tem seu redor.

Os momentos são insípidos sabe... mas ainda assim no fundo, pode-se sentir um sabor mesmo que leve de amargura.

As pessoas realmente me irritam. Me enojam, me apodrecem e destroem. O lado bom é que sou relutante a tudo isso e que meu transtorno faz de mim o grande e o pequeno, o forte e o fraco, o frio e o quente... enfim, faz de mim aquela pessoa pronta a encarar sempre os dois lados, sentir sempre os dois pontos...

As pessoas também me encantam. Me cativam, me renovam e me criam. O lado bom é que eu tenho na minha mente uma confusão tão grande, que faço de mim um rascunho infinito de possibilidades e hipóteses.

Bem, mas nem é disso que eu quero falar. As palavras sempre escapam e me fazem perder o foco. Novamente estou transbordando...

Bem, este texto nada mais é do que um simples desabafo ideológico, composto de certa revolta, conquistada após uma noite mal dormida.

Hoje acordei de saco cheio de tudo. (ta, isso nem é novidade vindo de mim, mas na grande maioria das vezes eu tento não escrever sobre essas porcarias que me revoltam) São tantas coisas que formam o vazio e isso é realmente uma adversidade interessante.

Descobrir algo tão simples.... pode gerar numa mente como a minha ainda mais confusões...
O vazio é tão cheio e ao mesmo tempo tão encantador.

Eu sou a estranha de tudo isso. E sou também a grande filha da puta que não vai nunca tentar se adaptar e aí está provavelmente o resultado da minha constante infelicidade. Observar a decadência interminável realmente causa um descontentamento enorme.
Enxergar que a grande maioria não sabe se fazer feliz, não sabe ser boa companhia pra si mesmo, não sabe nem definir-se ou completar-se (sim, esse texto é ainda um complemento do pensamento relativo ao texto anterior) e ainda assim querem acreditar que existe no mundo alguém capaz de completa-los .

Novamente eu lhes pergunto: " O que vocês estão fazendo aqui? "
Procurando as suas metades?...
(... ilusória)

Eu ainda perco o meu tempo (que dizer que é precioso seria mentira), tentando compreender e aceitar a maldita ignorância e rispidez FORÇADA  da grande maioria.

"EU , não sou tola".
Observo as infinidades que posso encontrar até dentro do silêncio, imagina  que encontro no tom de uma voz....
Imagina o que encontro no fundo de um olhar, no simples ato de observar a analisar ao fundo aqueles que dizem conhecer-se por completo.
(... tolice)

Eu  possuo uma chatice sem limites. Detesto quem tenta roubar-me as particularidades, quem tenta forçar as intimidades (não, eu não estou falando de sexo) e por fim, detesto quem acha que é fácil entender o se passa na minha mente.
Não sou diferente da grande maioria se retirar de mim os meus transtornos, minha mente inquietante, meus pensamentos arredios, meu jeito patético, egocêntrico e egoísta.
Mas sou diferente de todos aqueles, simplesmente por que são desprovidos da racionalidade. E prestem bem atenção, racionalidade forçada é enxergada por qualquer um que tem o mínimo de atenção.

O desespero fica nítido no olhar daqueles que tentam esconder seu emocional, trancando-os aonde qualquer ser como eu, posso acha-los, tão fácil como podem questionar milhares de vezes os atos corriqueiros e mundanos.

Eu nunca forço atitudes. Eu nunca barro pensamentos, nunca seguro palavras ( a menos que ache que a pessoa não entenderia nada e que não tenho necessidade de tentar explicar ou receber algo dela). Eu já percebi que a grande maioria contenta-se com o vazio que tem em si.

Eu não me contento quando estou vazia. Eu procuro encher-me e sempre deixo-me transbordar.
Mas nunca conseguirei aguentar por muito tempo uma convivência com aqueles que barram e que abusam da boa vontade que por algumas vezes tenho.

Eu me calo, na grande maioria das vezes. Me deixo mover a cabeça positivamente, enquanto o que eu queria era simplesmente sumir e deixa-los falando sozinhos...
Enfim, já está me voltando aquela vontade de me trancar no quarto e mandar todo mundo sumir da minha frente.

(Blaaaaahhhh '-' ----- Nem sei como ainda conseguem ler essas coisas loucas que escrevo.)

Mas enfim...
Minha mente é isso. Eu sou isso.

Não quero nada além das intensidades que conseguir capturar. Não quero nada além de ter minhas particularidades respeitadas assim como meus limites.
Não tenho e nunca terei pena daqueles que deixo chegar mais perto. E isso também está junto com o fator de expulsa-los de mim.

Pessoas que vivem com essa racionalidade o tempo todo, só querem sentir quando seu emocional pulsa um pouco.
Pessoas que vivem com esse emocional o tempo todo, só querem retirar de si a vontade de ser racional, misturado com a infelicidade de saber que não conseguem.

Parece que tudo foi trocado... chega a ser engraçado.

Sou uma velha chata, careta e fria, presa dentro desse corpo. Que posso fazer?
Seguir adiante é a única saída já que eliminei de mim ( pelo menos por hora ) alguns pensamentos malucos relacionados a "válvula de escape" ( se é que me entendem).

Sempre terá algo a sobrar e respectivamente algo a faltar. Se não sabe lidar com isso, não entre nisso. E por mais vazios que sejam, não são burros, só tem preguiça de pensar.

Eu sou em algumas vezes o cúmulo da preguiça humana, mas preguiça de pensar é algo que eu não tenho. Tem horas que eu até queria me " desligar " um pouco.
Até porque minha mente é hiperativa assim como meu corpo. 'LOL'

As vezes sinto saudade do tempo em que eu não tinha meus remédios e podia sair socando todos aqueles que me irritavam. Podia arrancar sangue, impiedosamente daquelas vadiazinhas que chegavam muito perto.
Bem, os tempos agora são outros. Não tenho mais oito anos de idade. Não tenho mais aquele tempo. (...Infelizmente.)

Minha frieza faz parte de mim, assim como a minha rispidez. Meu olhar distante sempre estará presente, assim como aquele fixo. Minhas mão frias, sempre estarão dispostas ao toque, assim como as vezes eu não irei querer nem pensar em contato físico.
Pensar e tentar agir comigo comparando-me com os outros que conviveram é e sempre será um erro. E dizer que eu quero isso é uma mentira.

Eu não quero que ninguém adapte-se à mim. Como disse, quero somente que calem a boca e aguentem enquanto quiserem aguentar.

As pessoas não sabem fazer isso. Mas eu também tenho ilusões....

XxX
Ainda sonho com as ruínas em que ando sem rumo e quando acordo, queria ficar por lá. Sou só eu e as vezes algumas pessoas que nunca vi na vida.
Lá é tão vazio e silencioso. Tem cheiro de sangue, de morte e de mar.
Eu gosto daquele lugar, realmente gosto....
XxX


Voltando:
Parece que eu me droguei hoje? (eu não quero respostas u.u' )
E avisando, eu não usei. Minha mente continua gritando. Mas sem problemas, eu aceito a minha loucura.
Postarei um outro texto acima desse, para amenizar a loucura e a confusão dessas palavras.

Ah e  antes que eu me esqueça:
----> Fodam-se todos vocês. <----

É isso. E só isso...

Nada mais a declarar.


~~Inoue Yu

http://www.youtube.com/watch?v=fg-IsotQL-A


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