sábado, 21 de janeiro de 2012

Maldita Ignorância Humana:

Texto de 28/07/2011:



E mesmo estando cada vez mais só, eu tenho certo orgulho da existência que me ronda. Não dá minha existência, pois a mesma, vem de causas muito menos obvias do que simplesmente sexo. Quando digo que me orgulho da existência que tenho ao meu redor, digo que eu  deixei de querer adaptação.Tenho orgulho da existência dos meus pensamentos...
Poderia citar Descartes, ou até mesmo Nietzsche...
"Penso, logo existo. "   ...ou seria "Existo, logo penso"  ?

Os dilemas realmente me encantam. E ao relutar com o dilema de aprofundar-me e deixar-me afundar dentro dos meus sonhos, eu me pergunto em qual das hipóteses pensadas eu me deixaria  ficar submersa.

A porra, da verdade é que eu vivo submersa em várias dessas hipóteses. Como se não existisse para mim as mesmas verdades que estão postas aos "outros". O som que entra ao meu ouvido, não ocupa as mesmas lembranças que o som que entra em outros ouvidos. O meu coração não bate na mesma velocidade que os outros corações. O sentimentos que outros sentiram, eu sou incapaz de ditar uma reciprocidade, pois eu não sei se ao menos a intensidade foi a mesma. E sendo assim, qual a causa de pedirem tanto por igualdade sem nem ao menos podem aceitá-la?

Não aceita-se a igualdade e nem mesmo a diferença. Não aceita-se o amor e nem o ódio.  Não aceita-se a mentira e nem a verdade .Não aceita-se a opinião e nem o silêncio.  Não aceita-se a companhia e nem a solidão.  Não aceita-se nada que não tenha saído de dentro de si próprio.
Meus pensamentos formam o que eu sou. E eles são a única coisa que não podem tirar de mim, não podem modificar. E mesmo que julguem como arrogância, meu único desejo que luta todos os dias para não ser vencido e em que eu coloco toda a minha força, é o desejo de me manter sendo, agindo e pensando da minha maneira. Mesmo que o julguem como errado, eu não quero ser como os "outros", não quero que animem-se ou que desanimem-se com a minha verdade. E  não quero nem que a aceitem.

Meus pensamentos me pertencem, meus atos me pertencem, meus medos me pertencem.... Tudo o que eu sou e vou sendo, me pertence e por todos os dias apenas me pertencerão. Sendo assim, ninguém deve desejar mudar-me. Terão mais sucesso se apenas seguirem seus caminhos em paz.

Acreditam na verdade que não podem ver. E sentem aquilo que não podem descrever. A ilusão desposta frente as olhos, parece mais agradável do que a verdade visível.

Acredita-se naquilo que sai de si. E diz-se não existir o certo e nem o errado, mas ainda assim, reluta à verdade oposta a sua, ignorando o fato de estar salientando o "erro" do outro.
Não trata-se de erros, ou de acertos. Trata-se de viver em um mundo em que isola-se da própria existencia, achando que a está fixando.
A partir do momento que você deixa-se mudar, está anulando a própria existência para um bom convívio.
Sim, meu caro... tudo tem seu preço. Mas se o preço for anular-me, prefiro permanecer assim.

Vendem-se assim por tão pouco? Entregam o próprio individualismo por uma boa convivência com aqueles que em seus pensamentos vivem recebendo críticas...?

Teu preço é uma tolice.... teu destino é tornar-se apenas mais um robô, mais um igual.
E de que isso importa?  Qual a importância daquele que vive como os outros...?

Eu enxergo os defeitos como mais valiosos que as qualidades. Eles te formam, eles te diferenciam, eles te separam dos outros. E mesmo que crie dificuldades. Isso é resultante apenas da incapacidade humana de aceitar as diferenças.
Não é necessário ser igual para ser compreendido. Não é necessario pensar igual para ser aceito. Não é necessário viver igual para ter um bom convívio.
As opiniões podem ser contrapostas e ainda assim levaram a um senso.

Eu já cansei de escrever sobre os "outros" mas como é um pensamento meu, eu posso quebrar a promessa de não o fazer mais. Me incomoda, me enoja, me irrita... e enquanto permanecer me irritando, permanecerei me opondo.

Eu sou assim, sempre fui assim... e encare-o como queira, pois eu me recuso  a ser como aquilo que eu critico, me recuso a anular meu individualismo, me recuso a fazer o que não me é aceitável, para ser aceita.
E eu não me importo com a convivência social. Quanto mais o tempo passa, a solidão me parece cada vez mais atraente.

Sou chamada de misantrópica, ignorante, estúpida, arrogante, hostil, grosseira, fria, displicente.... etc
E pouco me importa os adjetivos que me são dados. Pedem a minha complacência... mas pouco me importam seus desejos.

Aqueles que tem pensamentos no mínimo parecidos com os meus e também estão andando ao meu lado. Compartilhando das conversas mais lúdicas e inteligentes que eu já pude ter.
Muito melhor do que as futilidades que eu respondo por educação(mesmo que a educação não seja aparente)

Os poucos com os quais tenho afinidade e afeto, são aqueles que enxergam e escutam, mas sabem calar. E são aqueles que dizem o que acham necessário. Expulsam as palavras mais grosseiras aos inúteis e assim como eu, pouco se importam com a aceitação da qual são excluídos.
Vivemos a nossa verdade e mesmo quando criticamos as outras, não tentamos mudá-las, por mais abomináveis e frívolas que sejam.

Eu não quero ser a correta. Pois eu odeio quem faz tudo correto sempre. Eu faço o que está ao meu alcance, para atender as minhas vontades, segundo aquilo que eu desejo... e não aquilo que desejam pra mim.
E a infimidade de tais desejos me é testada pela mesmo vontade que eu deixo de atender.

Quantas vezes eu calei e senti aquele aperto na minha garganta e as lágrimas formarem-se em meus olhos, de tanta vontade que as palavras tinham de escapar dos lábios. Mas permaneci calada. Poucos são aqueles que precisam saber das coisas.
E eu não sou de dizer o que está certo, ou o que está errado. Não está nos meus planos... já que eu nem ao menos os tenho.
Eu vivo a partir daquilo que me atrai, me agrada, me encanta. E eu reluto à aquilo que me irrita, me incomoda, me dá asco.

A sociedade é uma merda. Pisam nos próprios erros e/ou escondem-os debaixo do tapete. Mas se um resquício do erro alheio escapar, não perdem a chance de puxar o tapete dos outros e deixar os erros salientes, apenas para confortar os próprios desejos... e mostrar que os outros erram. Como se tudo o que fizessem fosse sempre certo.

Eu permanecerei só... cada vez mais só, porque eu já não quero mais as companhias como queria antes... e sei que com o tempo isso somente irá aumentar. Eu não quero piedade de ninguém, pelos problemas que carrego... e cada dia que passar eu desejarei ainda mais me afastar das pessoas....

Só me resta uma frase para a conclusão de tudo isso:
MALDITA IGNORÂNCIA HUMANA

 E nada mais a declarar.....

Nenhum comentário:

Postar um comentário